segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Representações religiosas na arte_ Matriz ocidental

CONTEÚDO: Representações religiosas na arte.

OBJETIVO: Identificar representações religiosas em diferentes expressões artísticas (pintura, arquitetura, esculturas, ícones, símbolos, imagens), reconhecendo-as como parte da identidade de diferentes culturas e tradições religiosas das quatro matrizes

ENCAMINHAMENTO:


Observar com os estudantes  imagens de vitrais de igrejas católicas, conversar com eles sobre os vitrais que eles  observaram, o que eles apresentam, quais as cores usadas, os formatos mais comuns.

Texto para embasar a discussão com os alunos:

Você sabe como surgiram os vitrais das igrejas?


A luz é um tema espiritual comum na teologia cristã. As primeiras palavras de Deus durante a criação foram: “Faça-se a luz!” E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas” (Gênesis 1,3-4).

Jesus chegou, inclusive, a se identificar como luz, dizendo: “Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8,12).
Com isso em mente, era apropriado que os cristãos dedicassem muito tempo e energia para desenvolver o desenho das janelas das igrejas. As janelas canalizavam a luz do sol e dissipavam a escuridão das sombras. Os arquitetos enxergaram nelas uma oportunidade perfeita para destacar uma verdade espiritual, ao mesmo tempo em que serviam a um propósito funcional.
No entanto, os vitrais como os que conhecemos hoje em dia não existiam até o século X. Anteriormente, os egípcios e os romanos tinham criado uma técnica para desenvolver pequenos objetos de cristal colorido, mas não usaram a tecnologia para janelas em grande escala.
O vitral completo mais antigo está na catedral de Augsburg, na Alemanha. Foi construído no século XI como parte de um projeto para deixar as janelas maiores e mais bonitas.  Essas janelas não serviam somente para sugerir a ideia de que a luz de Deus destrói nossa escuridão, mas também se mostraram uma ferramenta importante de catequese.
Foi durante o período medieval que esse elemento arquitetônico se transformou na principal forma de educar o leigo nas múltiplas histórias da Bíblia. Geralmente, as janelas, dependendo do tamanho da igreja, viajavam do Gênesis ao Apocalipse, destacando os momentos mais importantes da História da Salvação.
A história da Bíblia representada nessas janelas também estava ligada a uma breve representação da história da Igreja. Os santos eram retratados nos vitrais e funcionavam como uma inspiração diária para as pessoas com dificuldades na travessia cristã. As janelas também eram usadas para ilustrar a iluminação da mente e para mostrar como a graça penetra em nosso mundo.
À medida que a tecnologia foi melhorando ao longo do tempo, os vitrais cresceram cada vez mais e se tornaram extremamente complexos e cheios de simbolismo.
Devido a essa complexidade, eles eram os últimos elementos a ser instalados em uma igreja nova. Passavam-se muitos anos até que a última janela fosse preenchida. Os vitrais também tinham um custo alto de produção. Por isso, os nomes de patrocinadores eram gravados na parte de baixo, como uma estratégia para incentivar as doações.
Enfim, os vitrais são um dos mais belos tesouros das igrejas cristãs e estão aí para inspirar e educar os fiéis em muitas verdades espirituais. Eles continuam sendo parte essencial da arquitetura eclesiástica e seguem sendo utilizados em novas construções em todo o mundo.

fonte: https://pt.aleteia.org/2017/07/25/voce-sabe-como-surgiram-os-vitrais-das-igrejas/ 



Proposta: 

Confecção de vitrais individuais em tampas para copo descartável transparente e cola colorida.
Escola Municipal Anísio Teixeira


Escola Municipal Anísio Teixeira


Escola Municipal Anísio Teixeira


Escola Municipal Anísio Teixeira


Escola Municipal Anísio Teixeira


Escola Municipal Anísio Teixeira


Escola Municipal Anísio Teixeira



Ritos e rituais: adivinhatórios e cura

CONTEÚDO: Ritos e rituais: adivinhatórios e cura.

ATIVIDADE:
Iniciar a aula com um trecho do filme Coraline (entre o tempo 1:10 a 1:13), conversar  com os estudantes sobre o que está sendo retratado naquela cena ( na cena aparecem duas senhoras que realizam um ritual de adivinhação chamado Teimancia é uma técnica de leitura pelas folhas de chá, também conhecida como tasseomancia, originou-se na China antiga e seus imperadores utilizavam-na para prever o futuro 


Em sala colar no caderno e ler com os estudantes o significado das palavras adivinhação e adivinhar.


1.     Ação ou resultado de adivinhar
2.     Brincadeira de advinhas
3.     Prática de prever o futuro e adivinhar o que está escondido no passado ou presente


1.     Conhecer algo antes que aconteça.




Em seguida entregar a cruzadinha com alguns ritos adivinhatórios para completarmos juntos:


























Apresentei duas canções populares onde fala-se na busca por ritos adivinhatórios:


Hugo Pena e Gabriel - Vou Te Amar (Cigana) 


Destacamos na letra da música as palavras: 

Um dia uma cigana leu a minha mão
Falou que o destino do meu coração
Daria muitas voltas
Mas ia encontrar você....

O amanhã _ Simone

A cigana leu o meu destino
Eu sonhei!
Bola de cristal
Jogo de búzios, cartomante
E eu sempre perguntei

O que será o amanhã?
Como vai ser o meu destino?
desfolhei o mal-me-quer
Primeiro amor de um menino

E vai chegando o amanhecer
Leio a mensagem zodiacal
E o realejo diz
Que eu serei feliz, sempre feliz

Como será amanhã?
Responda quem puder
O que irá me acontecer?
O meu destino será
Como Deus quiser
Como será?

Observamos e brincamos com alguns objetos utilizados para prever o futuro e pudemos brincar um pouco de cartomantes e  com quiromancia, duas técnicas descobertas na pesquisa dos estudantes.

Durante a pesquisa, os estudantes mostraram que fazem diversas brincadeiras que também podem ser ritos adivinhatórios, como apertar o queixo do amigo e conforme as dobrinhas que formarem será o numero de filhos que eles terão.

Manipulação de elementos utilizados para adivinhar o futuro


Brincando de quiromancia


Escola Municipal Anísio Teixeira





Ancestralidade e tradição oral _ Matriz Ocidental


CONTEÚDO: Ancestralidade e tradição oral
OBJETIVO: Reconhecer, em textos orais, ensinamentos relacionados a modos de ser e viver.

ENCAMINHAMENTO:


HISTÓRIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS



Giovani de Pietri era um jovem miudinho e fraco, porém muito rico e que morava na frança. Seu pai tinha tantas riquezas que poderia dar-lhe tudo o que ele quisesse, mas esse jovem não era feliz. Ele sentia uma enorme tristeza em seu coração vendo tanta gente passando fome em sua volta.  Foi então que começou a dar aos outros um pouco do que tinha.
Seu pai ficou furioso! Achou que ele tava maluquinho, doido, completamente pirado! Ele não entendeu o quanto fazia bem a Giovani ajudar os outros. Aí, ele resolveu sair de casa para poder ficar perto de quem precisava dele. Foi então que giovani rompendo com seu pai rasgou todas as suas vestes e partiu da casa de seu pai, sem dinheiro, sem roupas, sem nada. Ele decidiu pelo voto de pobreza e se ofereceu como servo do próximo.
As pessoas começaram a chamá-lo de francisco que quer dizer pequeno francês e o sobrenome assis veio por causa da cidade onde morava. Então giovani de pietri passou a ser conhecido como são francisco de assis. A partir deste dia francisco decidiu que viveria em função dos irmãos, deram a ele uma veste de saco e um cordão que seria preso na cintura. Neste cordão há três nós que simbolizam castidade, obediência e pobreza. Castidade significa não se casar nunca, vivendo em união somente com deus; obediência para servir a deus, fazendo todas as vontades dele e pobreza significa só ter o que for necessário.
E assim são francisco viveu com uma fé fervorosa, confiando sempre em deus. Como prova do amor de deus por francisco chagas como as de jesus apareceram em suas mãos e pés. Por fim são francisco ainda ficou conhecido como o protetor dos animais ele conta que tudo começou assim: “eu estava fazendo uma palestra sobre o amor de deus num lugar onde tinha um montão de pombinhas. Mas elas faziam tanto barulho que ninguém escutava o que eu falava. Aí eu me virei para elas e disse:
_queridas pombinhas, eu sei que vocês já conhecem o amor maravilhoso de deus por nós e fazem festa por isso, mas estas pessoas também gostariam de conhecer e sentir o amor de deus. Eu poderia pedir que vocês se acalmassem só por um tempinho? Então, elas pararam de fazer barulho e as pessoas conseguiram ouvir sobre o amor de deus”. São francisco de assis se dedicou a amar e acolher o próximo servindo a deus e sendo obediente a ele.



CURIOSIDADE:
Dia de São Francisco de Assis é comemorado anualmente em 4 de outubro. A data homenageia um dos santos mais admirados pela comunidade católica romana: São Francisco de Assis, o padroeiro dos animais e da natureza, também conhecido por ser o santo dos pobres.


PROPOSTA I: 

  •   Perguntar se alguém já tinha ouvido falar da historia dele.
  • ·Desenhar a historia ouvida


PROPOSTA II: 

  •  Observar imagens de São Francisco, conversar sobre o que ele representa
  • Colorir a imagem de São Francisco e completar a paisagem com os pássaros da historia e outros animais


  • Produção de alguns estudantes: 
    Escola Municipal Anísio Teixeira


    Escola Municipal Anísio Teixeira

    Escola Municipal Anísio Teixeira

    Escola Municipal Anísio Teixeira

























    sábado, 8 de setembro de 2018

    Festas religiosas_ Matriz Indígena_Kuarup

    CONTEÚDO: Festas religiosas

    OBJETIVO: Reconhecer diferentes tipos de festas religiosas populares no Brasil, contemplando as quatro matrizes.

    ENCAMINHAMENTO:

    Iniciar questionando com as crianças:

    ·         O QUE ACONTECE DEPOIS QUE MORREMOS?
    ·         SERÁ QUE A MORTE PODE SER UMA FESTA RELIGIOSA?

    Comentar que para os indígenas a morte é celebrada em um grande ritual chamado KUARUP, falar um pouco sobre como acontece no ritual.
     
    Kuarup: O ritual xinguano de despedida dos Mortos



    Os povos indígenas do Xingu se despedem de seus mortos celebrando o Kuarup, um alegre ritual de encerramento do luto. “Os mortos não gostam de ver os vivos tristes”, acreditam. Por essa razão, fazem uma festa exuberante, onde os “kuarup”, que são troncos de madeira decorados, representam o espírito dos mortos.
    Diz a lenda que o Kuarup começou quando o Pajé Mavutsinim preparou seis troncos para trazer de volta à vida seis pessoas que tinham morrido em sua aldeia. Depois de avisar que quem tivesse relações sexuais não deveria sair de suas malocas, o pajé começou, com sucesso, o ritual da ressurreição.

    Tudo ia bem até que um índio que estava namorando desobedeceu ao aviso e se aproximou do pajé. Naquele momento, os troncos pararam de se mexer. Muito triste, o pajé disse que dali por diante os Kuarup serviriam apenas para reverenciar os espíritos dos mortos. Desde então, por tempos imemoriais, o ritual é celebrado para agradecer pela convivência nesta vida e liberar os mortos para viverem em outro mundo.
    Entre os Kuikuro, povo indígena que vive na região do Rio Kuluene, no Parque Nacional do Xingu, a cerimônia de dois dias é realizada sempre em noites de lua cheia, no mês de maio de cada ano, com a evocação dos espíritos por seus parentes e pelos povos amigos, por meio de danças, cânticos, rezas e momentos de lamentações, quando os índios choram pela última vez a partida de seus entes queridos.
    A cerimônia começa na noite anterior, quando os troncos de madeira – um para cada pessoa encantada – são trazidos da floresta e colocados em linha reta no centro da aldeia pelos homens. Começam, então, a serem recortados em forma humana, pintados com faixas amarelas e vermelhas, e ornamentados com os principais objetos do morto.
    Depois de preparar os Kuarup, os homens vão até as malocas e buscam as mulheres e as crianças. Em silêncio, as mulheres se aproximam dos “Kuarup” e, em voz baixa, quase sussurrando, expressam gratidão a seus mortos presenteando-os com braceletes, cocares e belas peças de plumagem.
    Chegada a noite, os homens, com seus corpos pintados e ornamentados, fazem a belíssima dança do fogo. Carregando archotes de palha em fogo, os homens cantam canções míticas e dançam a passos cadenciados ao som dos maracás, até a chamada do pajé, que evoca Tupã, implorando pela ressurreição dos mortos.
    A dança dos homens termina no momento em que a lua cheia alcança seu máximo esplendor. Os homens então se dispersam em pequenos grupos e só o pajé, acompanhado pelas mulheres, continua entoando cânticos até o dia amanhecer. O nascer do sol traz, nos cânticos do pajé, de volta à vida os encantados.
    Começa, então, a dança da vida. Cada “atleta” da aldeia traz no ombro uma longa vara verdejante, significando a vida das últimas crianças que nasceram na comunidade. Em um grande círculo, formado ao redor dos “Kuarup”, os “atletas” reverenciam os espíritos, agradecem pelos nascimentos, e em seguida se dispersam e se juntam às suas famílias, ou clãs.
    Terminada a homenagem às novas vidas, os clãs da aldeia e os grupos convidados começam uma luta parecida com uma luta romana a que chamam “Uka-Uka”. Depois, em procissão e em festa, levam os “Kuarup” até o rio e encerram a cerimônia entregando-os às águas, para que possam ser levados para a vida em outro mundo.
    Assim se resumem os vários relatos do Kuarup, contados por indígenas e não indígenas.


    Curiosidade;


    Fosse uma Olimpíada do Ocidente, Huka-Huka seria classificada como um tipo de arte marcial. Entre os povos indígenas do Xingu, Huka-Huka é a dança-luta que encerra o Kuarup, o ritual de celebração da ressurreição dos mortos.

    É uma das maiores festas tradicionais indígenas. Trata-se de uma reverência aos mortos, representados por troncos de uma árvore sagrada chamada Kam´ywá. É uma cerimônia dos índios do Alto Xingu, em Mato Grosso.
    Kaurup se incia sempre no sábado pela manhã. Os índios, com muita dança e canto, colocam os troncos em frente ao local onde os corpos dos homenageados estão enterrados. Os filhos, filhas, esposas e irmãos choram o ente perdido e enfeitam o tronco que simboliza o espírito que se foi.
    O tronco é pintado com tinta de jenipanpo e envolvido com faixas de linhas amarelas e vermelhas. Sobre o tronco enfeitado são colocados objetos pessoais do homenageado como: o cocar de penas de gavião, o colar feito de conchas, a faixa de miçangas usada na cintura e outros objetos. Cada morto é representado por um tronco de árvore.
    A cerimônia do Kaurup realiza-se, tradicionalmente, nos meses de agosto e setembro, os mais secos do ano e que antecedem as grandes chuvas.




    Proposta I:

    Cada estudante  recebeu  um tronco e um cocar para colorir e compor sua festa Kuarup no caderno ao som da música:


     KUARUP - A FESTA DOS ESPÍRITOS_ Boi Garantido 2018

















    Produção estudantes:

    Escola Municipal Anísio Teixeira

    Escola Municipal Anísio Teixeira

    Escola Municipal Anísio Teixeira

    Escola Municipal Anísio Teixeira

    Escola Municipal Anísio Teixeira

    Escola Municipal Anísio Teixeira



    Proposta II:

    Ouvir a música KUARUP - A FESTA DOS ESPÍRITOS_ Boi Garantido 2018  e em duplas ou trios  realizar a  ilustração da festa Kuarup em papel bobina. 
    Cada dupla ou trio vai receber a letra da música para acompanhar.



    Heia, ha, ha, Huka-Huka
    Heia, ha, ha Huka-Huka
    Heia, ha, ha Huka-Huka
    Heia, ha, ha Huka

    Kuarup, Kuarup
    Kuarup, Kuarup
    Kuarup

    Toras de madeira são pintadas e emplumadas com penas sagradas
    Pra celebração

    E no clarão da lua na grande aldeia Xingu
    Flautas sagradas ressoam no ar
    Anunciando a festa dos mortos
    Rito milenar

    Kuarup, Kuarup
    Kuarup Kamayurá
    Kuarup, Kuarup
    Kuarup Kamayurá

    E dançam todos os pajés
    Convocam todas as nações
    Todos os clãs, todas as tribos para a festa do Xingu
    Em cada pintura corporal
    Transcende o ser animal
    Na visão Mavutsinim
    O mundo sobrenatural

    Clã do gavião
    Clã da onça-pintada
    Clã da serpente sucuri
    Clã do macaco uacari
    Clã do lagarto iguana
    Clã da arara vermelha
    Cantam as tribos na aldeia
    É dança, é festa no Xingu

    Kuarup, Kuarup
    Kuarup Kamayurá
    Kuarup, Kuarup
    Kuarup Kamayurá

    Tocam as flautas
    Para receber o espírito do kariwa
    Orlando Villas-Boas
    No ritual Kuarup Tupi
    Da resistência tribal milenar

    Salve os povos do Xingu



    Proposta III:

    Confeccionar um KUARUP com rolo de papel toalha ou higiênico, individual ou em duplas com materiais diversos.

    Escola Municipal Anísio Teixeira

    Escola Municipal Anísio Teixeira

    Escola Municipal Anísio Teixeira