Dentro do conteúdo de lugares de peregrinação no Brasil e no mundo, trouxe para os estudantes o Muro das Lamentações
A fim de apresentar de forma mais dinâmica o local, trouxe para os estudantes um vídeo para assistirmos juntos, realizando as intervenções necessárias, o vídeo traz uma visão mais turísticas com curiosidades.
Após a discussão sobre a importância do Muro das Lamentações para judeus e cristãos de forma geral, propor aos estudantes a confecção de um "muro" em papel Kraft para simbolizar o local trabalhado na aula.
Objetivo:reconhecer as indumentárias (roupas, acessórios, símbolos,
pinturas corporais) utilizadas em diferentes manifestações e tradições
religiosas, contemplando as quatro matrizes.
Caracterizar as indumentárias como elementos integrantes das identidades
religiosas.
Encaminhamento:
Iniciar com a
leitura da obra: Com que roupa irei para festa do rei? De Tino Freitas e Ionit
Zilberman.
Conversar com os estudantes sobre a vestimenta que utilizamos no
dia a dia é a que usamos para frequentarmos espaços como a casa de alguém, uma
festa e um espaço religioso, são os mesmos? O que diferencia?
Mostrar para as estudantes imagens de vestimentas religiosas da
matriz indígena e oriental.
Solicitar em seguida que escolham uma delas para registrar no caderno.
• Reconhecer as indumentárias (roupas,
acessórios, símbolos, pinturas corporais)
utilizadas em diferentes manifestações
e tradições religiosas, contemplando as
quatro matrizes.
• Caracterizar as indumentárias como
elementos integrantes das identidades
religiosas.
No ano de 2018 aconteceu no espaço do saguão da Reitoria da Universidade Federal do Paraná a exposição DEUSES QUE DANÇAM, onde foram expostas vestimentas características dos orixás na religião do CANDOMBLÉ juntamente com algumas informações sobre a cultura da religiosidade africana.
Segue algumas fotos tiradas por mim e que podem ser utilizadas em sala de aula nas atividades de Ensino Religioso.
• Reconhecer as indumentárias (roupas, acessórios, símbolos, pinturas corporais) utilizadas em diferentes manifestações e tradições religiosas, contemplando as quatro matrizes.
• Caracterizar as indumentárias como elementos integrantes das identidades religiosas.
ENCAMINHAMENTO:
Observar
com os estudantes na sala de informática diversas imagens de pessoas vestidas de
formas variadas, entre essas imagens pessoas vestidas de forma comum e de
forma “sagrada".
Questionar
os estudantes :
se eles conhecem alguma vestimenta sagrada. Como ela é?
Qualquer pessoa pode utilizar?
Será que ela tem significados especiais?
Mostrar a imagem dos tipos de batinas dos
padres:
O que
é a Batina?
A batina ou sotaina é
uma roupa eclesiástica, própria dos seminaristas e
clérigos (diáconos, presbíteros – padre e bispos). Tradicionalmente,
possui 33 botões de alto a baixo, representando a idade de Cristo, cinco
botões em cada punho, representando as cinco chagas de Cristo e sete
botões no braço representando os sete Sacramentos. À cintura pode ser
usada uma faixa, que tem duplo significado: 1º a
castidade (antigamente se acreditava que a libido sexual estava
diretamente relacionada aos rins, então rins cingidos significava
castidade); 2º a igreja peregrina na terra (quando Israel fazia
grandes peregrinações usava-se um cingulo para cingir os rins de modo que ao
caminhar não ficasse dolorido, assim rins cingidos significa peregrinação). A
cor da faixa varia segundo o grau na hierarquia católica: preta para
seminaristas, diáconos e padres comuns; violácea para padres com título de
Monsenhor, bispos e arcebispos; vermelha para cardeal e branca para o Papa. A
batina é toda preta, com colarinho branco: o preto representa a morte para o
mundo, e o branco, a pureza.
Após
a leitura do texto e observação da imagem, relembrar que outra figura católica
que utiliza roupas como a do padre é a FREIRA, e que no caso dela a vestimenta
é chamada de HÁBITO.
No
quadro escrever o seguinte cabeçalho:
VESTIMENTA SAGRADA
Na religião católica a vestimenta
sagrada utilizada pelo padre denomina-se batina e as freiras utilizam o hábito.
Os
povos indígenas do Xingu se despedem de seus mortos celebrando o Kuarup, um
alegre ritual de encerramento do luto. “Os mortos não gostam de ver os vivos
tristes”, acreditam. Por essa razão, fazem uma festa exuberante, onde os
“kuarup”, que são troncos de madeira decorados, representam o espírito dos
mortos.
Diz a lenda que o Kuarup começou quando o Pajé Mavutsinim preparou seis
troncos para trazer de volta à vida seis pessoas que tinham morrido em sua
aldeia. Depois de avisar que quem tivesse relações sexuais não deveria sair de
suas malocas, o pajé começou, com sucesso, o ritual da ressurreição.
Tudo ia bem até que um índio que estava namorando desobedeceu ao aviso e
se aproximou do pajé. Naquele momento, os troncos pararam de se mexer. Muito
triste, o pajé disse que dali por diante os Kuarup serviriam apenas para
reverenciar os espíritos dos mortos. Desde então, por tempos imemoriais, o
ritual é celebrado para agradecer pela convivência nesta vida e liberar os
mortos para viverem em outro mundo.
Entre os Kuikuro, povo indígena que vive na região do Rio Kuluene, no
Parque Nacional do Xingu, a cerimônia de dois dias é realizada sempre em noites
de lua cheia, no mês de maio de cada ano, com a evocação dos espíritos por seus
parentes e pelos povos amigos, por meio de danças, cânticos, rezas e momentos
de lamentações, quando os índios choram pela última vez a partida de seus entes
queridos.
A cerimônia começa na noite anterior, quando os troncos de madeira – um
para cada pessoa encantada – são trazidos da floresta e colocados em linha reta
no centro da aldeia pelos homens. Começam, então, a serem recortados em forma
humana, pintados com faixas amarelas e vermelhas, e ornamentados com os
principais objetos do morto.
Depois de preparar os Kuarup, os homens vão até as malocas e buscam as
mulheres e as crianças. Em silêncio, as mulheres se aproximam dos “Kuarup” e,
em voz baixa, quase sussurrando, expressam gratidão a seus mortos
presenteando-os com braceletes, cocares e belas peças de plumagem.
Chegada a noite, os homens, com seus corpos pintados e ornamentados,
fazem a belíssima dança do fogo. Carregando archotes de palha em fogo, os
homens cantam canções míticas e dançam a passos cadenciados ao som dos maracás,
até a chamada do pajé, que evoca Tupã, implorando pela ressurreição dos mortos.
A dança dos homens termina no momento em que a lua cheia alcança seu
máximo esplendor. Os homens então se dispersam em pequenos grupos e só o pajé,
acompanhado pelas mulheres, continua entoando cânticos até o dia amanhecer. O
nascer do sol traz, nos cânticos do pajé, de volta à vida os encantados.
Começa, então, a dança da vida. Cada “atleta” da aldeia traz no ombro uma
longa vara verdejante, significando a vida das últimas crianças que nasceram na
comunidade. Em um grande círculo, formado ao redor dos “Kuarup”, os “atletas”
reverenciam os espíritos, agradecem pelos nascimentos, e em seguida se
dispersam e se juntam às suas famílias, ou clãs.
Terminada a homenagem às novas vidas, os clãs da aldeia e os grupos
convidados começam uma luta parecida com uma luta romana a que chamam
“Uka-Uka”. Depois, em procissão e em festa, levam os “Kuarup” até o rio e
encerram a cerimônia entregando-os às águas, para que possam ser levados para a
vida em outro mundo.
Assim se
resumem os vários relatos do Kuarup, contados por indígenas e não indígenas.
Curiosidade;
Fosse uma
Olimpíada do Ocidente, Huka-Huka seria classificada como um tipo de arte
marcial. Entre os povos indígenas do Xingu, Huka-Huka é a dança-luta que
encerra o Kuarup, o ritual de celebração da ressurreição dos mortos.
É uma das maiores
festas tradicionais indígenas. Trata-se de uma reverência aos mortos,
representados por troncos de uma árvore sagrada chamada Kam´ywá. É
uma cerimônia dos índios do Alto Xingu, em Mato Grosso.
O Kaurup se
incia sempre no sábado pela manhã. Os índios, com muita dança e canto, colocam
os troncos em frente ao local onde os corpos dos homenageados estão enterrados.
Os filhos, filhas, esposas e irmãos choram o ente perdido e enfeitam o tronco
que simboliza o espírito que se foi.
O tronco é pintado
com tinta de jenipanpo e envolvido com faixas de linhas amarelas e vermelhas.
Sobre o tronco enfeitado são colocados objetos pessoais do homenageado como: o
cocar de penas de gavião, o colar feito de conchas, a faixa de miçangas usada
na cintura e outros objetos. Cada morto é representado por um tronco de árvore.
A cerimônia do Kaurup realiza-se,
tradicionalmente, nos meses de agosto e setembro, os mais secos do ano e que
antecedem as grandes chuvas.